
"E fiquei envergonhada ao olhar para ele. Não era páreo para a intensidade daqueles olhos azul-piscina.— Podemos nos ver de novo? — perguntou, e havia um nervosismo fofo na voz dele.Sorri.— Claro.— Amanhã?— Paciência, Gafanhoto — aconselhei. — Assim vai parecer que você está ansioso demais.— Exatamente. Foi por isso que falei ‚amanhã‛. Quero ver você de novo hoje à noite. Mas estou disposto a esperar a noite toda e boa parte do dia de amanhã.Revirei os olhos.— Estou falando sério — ele disse.— Você nem me conhece direito. — Peguei o livro de dentro do console. — Que tal se eu ligar para você assim que acabar de ler isto?— Mas você não sabe qual é o número do meu telefone — ele disse.— Tenho motivos para acreditar que você anotou o número no livro.Ele abriu aquele sorriso meio bobo.— E você ainda diz que a gente não se conhece direito."

Ele não é nem de longe o melhor livro que eu já li, mas com certeza foi o livro que mais conseguiu mexer com meu lado emocional, na capa do livro brasileira há uma frase de Markus Suzak, autor de "a menina que roubava livros" dizendo: "você vai rir, chorar e ainda vai querer mais" e é exatamente isso, não cheguei a chorar ao lê-lo, mas porque sou um insensível (não chorei nem lendo Marley e Eu), porém fiquei alguns dias refletindo sobre a vida, coisa que eu não faço muito. O que mais me agradou no livro nem foi a historia em sim, mas em como os personagens eram "palpáveis", todos com suas ideologias e filosofias meio nerds, que nas minhas pesquisas, eu descobri que é uma característica do John Green, todos os personagens dos seus livros são nerd's e tem aquela personalidade meio boazinha, mas com grandes reflexões, e que pelo menos na minha opinião são as qualidades que torna Augustus e Hazel personagens únicos no "A culpa é das estrelas".
"As pessoas falam da coragem dos pacientes de câncer, e eu não nego. Por vários anos fui cutucada, cortada e envenenada, e segui em frente. Mas não se enganem: naquele momento, eu teria ficado muito feliz em morrer"
"Vai chegar um dia — eu disse — em que todos vamos estar mortos. Todos nós. Vai chegar um dia em que não vai sobrar nenhum ser humano sequer para lembrar que alguém já existiu ou que nossa espécie fez qualquer coisa nesse mundo. Não vai sobrar ninguém para se lembrar de Aristóteles ou de Cleópatra, quanto mais de você. Tudo o que fizemos, construímos, escrevemos, pensamos e descobrimos vai ser esquecido e tudo isso aqui — fiz um gesto abrangente — vai ter sido inútil. Pode ser que esse dia chegue logo e pode ser que demore milhões de anos, mas, mesmo que o mundo sobreviva a uma explosão do Sol, não vamos viver para sempre. Houve um tempo antes do surgimento da consciência nos organismos vivos, e vai haver outro depois. E se a inevitabilidade do esquecimento humano preocupa você, sugiro que deixe esse assunto para lá. Deus sabe que é isso o que todo mundo faz." Hazel
— Eu estou — ele disse, me encarando, e pude ver os cantos dos seus olhos se enrrugando. — Estou apaixonado por você e não quero me negar o simples prazer de compartilhar algo verdadeiro. Estou apaixonado por você, e sei que o amor é apenas um grito no vácuo, e que o esquecimento é inevitável, e que estamos todos condenados ao fim, e que haverá um dia em que tudo o que fizemos voltará ao pó, e sei que o sol vai engolir a única Terra que podemos chamar de nossa, e eu estou apaixonado por você. Augustus
“Eu: Se você quer que eu aja como adolescente, não me mande para o Grupo de Apoio. Compre uma carteira de identidade falsa para mim e aí eu vou sair à noite, beber vodca e tomar baseado.Mamãe: Para início de conversa, não se toma baseado.Eu: Viu? Esse é o tipo de coisa que eu saberia se você comprasse uma carteira de identidade falsa para mim."

Titulo Original: the fault in the stars
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 288
Ano: 2012