Olá Estranhos da Internet! Sabem, eu estou dando graças a Deus que essa resenha é escrita e não falada, por que é um desafio e tanto falar “Will e Will”, esse título é um trava-línguas, tente falar Will e Will três vezes rápido e lembre-se são só dois Will’s e não “Will Will Will”. O título americano é tão mais fácil de falar, “Will Graysson, Will Graysson”, ainda não entendi por que não mantiveram.
Pra quem não sabe, talvez por que
seja um eremita que more em cavernas e não tem contato nenhum com o mundo, esse
livro foi escrito por dois autores que são as sensações do momento na
literatura YA, John Green e David Levinthan. Sou um puxa saco do Green isso
vocês já sabem, sobre o Levinthan eu já li Nick e Norah que foi um livro que
ele também escreveu em parceria, e gostei bastante. Então, como são dois
autores que tem uma narrativa que gosto bastante fiquei bastante empolgado pra
ler logo Will e Will e ver se essa parceria iria dar certo ou não.
O livro conta a história de dois
garotos completamente diferentes, mas que tem uma coisa em comum, o nome, os
dois chamam-se Will Graysson, mas é só isso que eles tem em comum mesmo, pois
eles vivem em mundos completamente diferentes e tem personalidades bem
distintas. Os capítulos alternam-se entre o Will Graysson do John Green e o
Will Graysson do David Levinthan.
O primeiro Will Graysson (que eu
vou chamar de Will Hétero) é o do John Green, ou seja, olha o nerd filosófico
ai gente. Mentira, esse protagonista do Green, embora tenha varias coisas em
comum com os outros, talvez seja o que mais diferente. Ele também é aquele cara
tímido, ou na dele(wherever) de poucos amigos e bastante observador. Ele é
melhor amigo de Tiny Cooper que é literalmente o maior gay da escola e ele não sabe
se gosta ou não de uma garota ai. Enquanto eu lia os capítulos desse Will a
única coisa que eu pensava era, “John Green está me seguindo”, serio gente,
esse personagem sou eu, as mesmas chatices, visão do mundo parecida, mesmas
duvidas, e meu segundo nome é Willian.
Já o Will Graysson (que vou
chamar de Will Gay) do David Levinthan foi um desafio eu gostar dele, que
garoto chato. Ele é introspectivo, não tem amigos, toma remédio pra depressão e
está descobrindo que é gay e ele não sabe como contar isso para sua mãe. Até ai
tudo bem, o problema é que ele é dramático demais, ele trata mal as pessoas que
se preocupam com ele, principalmente sua mãe, em vários momentos parece que ele
se acha superior às demais pessoas. Também não entendi o porquê da depressão
dele, pois me pareceu que ele tem uma vida relativamente estável, não consegui
achar nenhum motivo que a justifique. Enfim, a única alegria no dia desse Will
é as conversas com o seu “namorado virtual”, o Isaac ( é serio isso? A única
pessoa que você confia é uma na qual você nunca viu na vida. Ok então). Um dia
durante uma dessas conversas os dois decidem se encontrar em Chicago (é serio
isso? ²) só que acontece uma coisa e em vez do seu príncipe encantado o Will
Graysson acaba encontrando o Will Graysson.
Embora o livro tenha como nome
“Will e Will” e seja narrado pelos dois Will’s, eles não são os protagonistas
(SUPRISE BITCH!!! #taparei), a historia toda gira em torno de Tiny Cooper, o melhor
amigo gay do Will Hétero. Ele é que é o elo entre os Will’s e toda vez que ele aparece, rouba a cena, Tiny não é o melhor personagem do livro, mas de longe
ele é o mais engraçado, o seu nome por si só já é uma piada. Ele está tentando
produzir um musical autobiográfico e as musicas são hilárias.
O que eu achei mais bacana do
livro é que os relacionamentos gays não são tratados como tabus, ou diferentes,
eles são vistos de forma natural, e são relacionamentos complicados, mas
simples e me dando ânsias de vomito, como todo relacionamento. Quase não há
preconceito também (mesmo por que eu acho que as pessoas teriam medo de
praticar bullying com o Tiny).
Agora a parceria Green e
Levinthan ficou sensacional, a narrativa dos dois flui e se completam de uma
maneira que é quase mágica (#exageiros). As vezes eu terminava o capitulo de um
dos Will’s e ficava bravo por que eu queria saber o que ia acontecer com ele,
mas ai pulava pra o outro Will e eu
terminava o capitulo desse Will e ficava com raiva por que queria saber o que
acontecia com ele.
Outra coisa que achei muito
bacana na historia, foi o amadurecimento dos personagem, um grande exemplo é o
Will Gay, como eu disse a principio não gostei nenhum pouco dele, mas conforme
a historia ia rolando ele ia ficando menos chato e vai se tornando uma pessoa
melhor, no final do livro eu pude falar “cara você é bacana” e isso acontece
também com o Will Hetero e com o Tiny. Talvez seja isso que torna o livro
bacana, o fato dos personagens serem tão palpáveis e humanos e percebam que podem usar seus erros como ensinamento para tornarem-se pessoas melhores.
Esse livro está na minha lista de novas aquisições:D
ResponderExcluirBelo blog!
Beijos,
http://resenhaeoutrascoisas.blogspot.com.br/
Obrigado :D
Excluiras vezes a depressão só vem, independente de quem você é, é uma doença, você poder ter uma vida perfeita ou uma vida desastrosa, ela não escolhe muito como vir..
ResponderExcluirparece ser bem interessante, colocarei na minha lista *u*
http://blogcookiecookie.blogspot.com.br/
Então é que eu tenho uma matéria sobre psicologia na faculdade e segundo Freud (quem vê pensa que sou culto rs) a depressão, assim como qualquer doença da psique acontece quando as coisas que vc guardou na inconsciência (ele fala que na inconsciência ficam todos nossos traumas, medos e "coisas não ditas") ficam tão fortes que passam pro pré consciente e acabam ferrando com sua mente. E bem, aparentemente não aconteceu nada com o Will que tenha causado sua depressão, ele até conta que seu pai abandonou ele e a mãe, mas essa parece que é uma das coisas que ele menos tem magoa, no livro parece muito mais draminha adolescente do que uma depressão propriamente dita.
ExcluirLeia o livro e tire suas conclusões, ele é muito bom mesmo.
Abraços :D
Eu tenho vontade de ler esse livro, parece ser bem legal de se ler.
ResponderExcluirmomentocrivelli.blogspot.com.br
Sim me surpreendi bastante com ele, ele é aquele tipo de livro pra ler depois de uma ressaca literaria, pq realmente é bem leve. E que bom que vc se divertiu com a resenha, tentei ser um pouco mais divertido pq tenho mania de escrever demais e sempre acho que o post tá chato rs.
ResponderExcluirAbraços