Editora: Novo Século
Nota do Skoob: 4,6
Ano: 2011
Sinopse: O ano é 1997. Em meio a um intenso tiroteio, durante uma das épocas mais sangrentas da favela Santa Marta, um menino de 13 anos descobre que é bruxo. Jurado de morte pelos chefes do tráfico, Hugo foge com apenas um objetivo em mente: aprender magia o suficiente para voltar e enfrentar o bandido que está ameaçando sua família. Neste processo de aprendizado, no entanto, ele pode acabar descobrindo o quanto de bandido há dentro dele mesmo.
Olá Estranhos da Internet! Tudo certo com vocês?
Quando ouvi pela primeira vez sobre “A Arma Escarlate” e que a historia tratava-se de uma espécie de "extensão” do Universo de Harry Potter a única coisa que pensei foi “preciso desse livro”, consegui compra-lo a bastante tempo, porém por conta da rotina da faculdade e trabalho acabei conseguindo lê-lo só agora, e gente como me arrependo de não ter pego ele antes.
Quando ouvi pela primeira vez sobre “A Arma Escarlate” e que a historia tratava-se de uma espécie de "extensão” do Universo de Harry Potter a única coisa que pensei foi “preciso desse livro”, consegui compra-lo a bastante tempo, porém por conta da rotina da faculdade e trabalho acabei conseguindo lê-lo só agora, e gente como me arrependo de não ter pego ele antes.
O livro é narrado em terceira pessoa e vai contar a historia Idá Aláàfin, também conhecido como Hugo Escarlate, um garoto de 13 anos que mora com a mãe e a avó numa especie de container abafado no morro do Dona Marta no Rio de Janeiro e Hugo cresceu testemunhando o tráfico de drogas e a violência. Ele acaba se metendo em um problema com um dos chefões do morro que começa a ameaçar ele e sua família eis que ele recebe via pombo (vocês acharam que seria o que, corujas no Rio de Janeiro? ) uma carta com a solução dos seus problemas, Hugo foi aceito em uma das cinco escolas de magia e bruxaria do Brasil (isso mesmo cinco, pois o Brasil é um país enorme e uma escola só não atenderia toda a demanda de jovens bruxos, por isso tem uma escola pra cada região) a “Nossa Senhora do Korkovado”. A principio Hugo não acredita muito no que a carta está dizendo, mas mesmo assim ele decidi ir ao endereço descrito na carta com o objetivo de aprender magia o suficiente pra acabar com a raça daquele que o esta ameaçando.
Em Nossa Senhora do Korkovado, que fica localizada dentro do Corcovado, Hugo acaba percebendo que por mais que seja uma escola de magia, ela não é muito diferente das outras escolas públicas por ai não, há desvio de verba, professores faltosos ou desinteressados, problemas de infra-estrutura e por ai vai.
É inegável que "A Arma Escarlate" possui varias semelhanças a saga criada pela tia Jô e tem diversas referencias não só a historia de Harry, mas de varias outras historias como Crepúsculo (isso mesmo), um pouco antes da metade do livro você percebe que historia de Hugo passa-se no mesmo tempo em que Voldemort está começando a tomar o controle na Europa e isso ao meu ver foi super divertido de ir percebendo ao longo da historia, até referencias a Dumbledore e a própria Rowling é possível notar. Mas isso não quer dizer que Hugo seja uma especie de Harry Potter da favela, ou a Nossa Senhora do Korkovado seja uma Hogwarts brasileira, ou mesmo que a historia criada pela Renata seja uma imitação abrasileirada da obra da Rowling. O que Renata Ventura fez foi pegar um universo que já amávamos e mescla-lo com a nossa riquíssima cultura brasileira de uma forma completamente genial e criativa.
E embora o universo em que a historia se passa seja um "mundo mágico", com seres fantásticos e coisas do gênero, o foco central dela é bem mais "pé no chão" e muito próximo a nossa realidade azêmola (não-bruxa), o livro trata bastante da consciência e da natureza humana e a gente percebe isso muito bem retratado nos personagens, todos eles são bem ambíguos, nenhum é cem porcento bom ou cem porcento mau, o próprio Hugo é o maior exemplo disso ele não é o tipico herói bonzinho e inocente, ele é um jovem impulsivo, inconsequente ou como a própria Renata diz, indomável. O tempo todo eu torcia pra que desse tudo certo para ele, mas vira-e-mexe eu tinha vontade de soca-lo até a morte, seja por decisões erradas que ele tomava, por mentir sem pensar nas consequências ou pela sua cabeça quente, mas mesmo sendo desse jeito não há como não simpatizar com o personagem, pois no decorrer da leitura você vai entendo o porquê dele ser assim e até podemos dizer que eles só faz essas coisas pelo simples motivo de que ele é humano.
Mesmo tendo várias críticas e discussões que são bastante presentes no nosso cotidiano como, tráfico de drogas, criminalidade, desigualdade social, religião e a mitificação da cultura européia a narrativa consegue ser super-fluida daquele tipo que você nem percebe que está virando as páginas e nenhuma desses temas são colocados forçadamente, tudo é muito bem mesclado na história e geram grandes momentos de reflexão para o leitor.
Uma das coisas que eu fiquei bem "encucado" durante a leitura, foi com o próprio titulo "A Arma Escarlate", além do título esse é o nome da varinha do Hugo que é rondada de mistérios, porém não há muita importância para esses mistérios que envolvem a varinha e ai eu ficava me perguntando "mais por que diabos o livro chama-se A Arma Escarlate?" e foi só no final da historia que me dei conta que o titulo deveria ser uma referencia muito mais ao próprio Hugo, já que Escarlate é o sobrenome que ele escolheu, do que de sua varinha em si e eu achei isso completamente genial (e a Renata me confirmou isso no facebook :D).
O Post já está enorme, eu sei, mas não podia terminar sem falar dos Pixies, uma especie de grupo de alunos revolucionários do Korkovado formado pelos incríveis: Capi, Viny, Caimana e Índio são eles que apresentam todo mundo bruxo ao Hugo e são os personagens mais carismáticos do livro. Eles "lutam" contra o conselho da escola para os alunos terem melhores condições de estudo, para a valorização da cultura brasileira no currículo acadêmico entre varias outras coisas, mas isso não quer dizer que eles sejam uns "nerds chatões", eles são muito divertidos e armam diversos planos pra que o conselho prestem atenção nas suas reivindicações, mas muitas pessoas veem esses planos como vandalismo e, cá entre nós, é sim um pouco (rs).
Como vocês podem ter percebido adorei o livro e se você gosta de Harry Potter ou mesmo que você não goste tanto assim, mas acha a cultura e o folclore brasileiro fascinantes, com certeza você gostará de "A Arma Escarlate". E para aqueles fãs de Harry Potter que torcem o nariz para a obra da Renata, achando que o livro é só mais uma tentativa de pegar carona na fama da J.K, ou mesmo para aqueles que tem certo preconceito com livros nacionais: "Vocês não sabem o que estão perdendo".
P.S.: Fiquei super contente quando soube que o Viny, um dos meus personagens favoritos, nasceu na mesma cidade que eu.
É inegável que "A Arma Escarlate" possui varias semelhanças a saga criada pela tia Jô e tem diversas referencias não só a historia de Harry, mas de varias outras historias como Crepúsculo (isso mesmo), um pouco antes da metade do livro você percebe que historia de Hugo passa-se no mesmo tempo em que Voldemort está começando a tomar o controle na Europa e isso ao meu ver foi super divertido de ir percebendo ao longo da historia, até referencias a Dumbledore e a própria Rowling é possível notar. Mas isso não quer dizer que Hugo seja uma especie de Harry Potter da favela, ou a Nossa Senhora do Korkovado seja uma Hogwarts brasileira, ou mesmo que a historia criada pela Renata seja uma imitação abrasileirada da obra da Rowling. O que Renata Ventura fez foi pegar um universo que já amávamos e mescla-lo com a nossa riquíssima cultura brasileira de uma forma completamente genial e criativa.
E embora o universo em que a historia se passa seja um "mundo mágico", com seres fantásticos e coisas do gênero, o foco central dela é bem mais "pé no chão" e muito próximo a nossa realidade azêmola (não-bruxa), o livro trata bastante da consciência e da natureza humana e a gente percebe isso muito bem retratado nos personagens, todos eles são bem ambíguos, nenhum é cem porcento bom ou cem porcento mau, o próprio Hugo é o maior exemplo disso ele não é o tipico herói bonzinho e inocente, ele é um jovem impulsivo, inconsequente ou como a própria Renata diz, indomável. O tempo todo eu torcia pra que desse tudo certo para ele, mas vira-e-mexe eu tinha vontade de soca-lo até a morte, seja por decisões erradas que ele tomava, por mentir sem pensar nas consequências ou pela sua cabeça quente, mas mesmo sendo desse jeito não há como não simpatizar com o personagem, pois no decorrer da leitura você vai entendo o porquê dele ser assim e até podemos dizer que eles só faz essas coisas pelo simples motivo de que ele é humano.
Mesmo tendo várias críticas e discussões que são bastante presentes no nosso cotidiano como, tráfico de drogas, criminalidade, desigualdade social, religião e a mitificação da cultura européia a narrativa consegue ser super-fluida daquele tipo que você nem percebe que está virando as páginas e nenhuma desses temas são colocados forçadamente, tudo é muito bem mesclado na história e geram grandes momentos de reflexão para o leitor.
Uma das coisas que eu fiquei bem "encucado" durante a leitura, foi com o próprio titulo "A Arma Escarlate", além do título esse é o nome da varinha do Hugo que é rondada de mistérios, porém não há muita importância para esses mistérios que envolvem a varinha e ai eu ficava me perguntando "mais por que diabos o livro chama-se A Arma Escarlate?" e foi só no final da historia que me dei conta que o titulo deveria ser uma referencia muito mais ao próprio Hugo, já que Escarlate é o sobrenome que ele escolheu, do que de sua varinha em si e eu achei isso completamente genial (e a Renata me confirmou isso no facebook :D).
O Post já está enorme, eu sei, mas não podia terminar sem falar dos Pixies, uma especie de grupo de alunos revolucionários do Korkovado formado pelos incríveis: Capi, Viny, Caimana e Índio são eles que apresentam todo mundo bruxo ao Hugo e são os personagens mais carismáticos do livro. Eles "lutam" contra o conselho da escola para os alunos terem melhores condições de estudo, para a valorização da cultura brasileira no currículo acadêmico entre varias outras coisas, mas isso não quer dizer que eles sejam uns "nerds chatões", eles são muito divertidos e armam diversos planos pra que o conselho prestem atenção nas suas reivindicações, mas muitas pessoas veem esses planos como vandalismo e, cá entre nós, é sim um pouco (rs).
Como vocês podem ter percebido adorei o livro e se você gosta de Harry Potter ou mesmo que você não goste tanto assim, mas acha a cultura e o folclore brasileiro fascinantes, com certeza você gostará de "A Arma Escarlate". E para aqueles fãs de Harry Potter que torcem o nariz para a obra da Renata, achando que o livro é só mais uma tentativa de pegar carona na fama da J.K, ou mesmo para aqueles que tem certo preconceito com livros nacionais: "Vocês não sabem o que estão perdendo".
P.S.: Fiquei super contente quando soube que o Viny, um dos meus personagens favoritos, nasceu na mesma cidade que eu.
Olá!!!
ResponderExcluirJá ouvi e li muitos comentários positivos desse livro, e apesar de ser fã de Harry Potter ainda não li. Eu sei, me julguem kkk.
Ótima resenha.
Abraços
estantejovem.blogspot.com.br
se eu fosse vc parava de vez com essa falsidade e dissesse a verdade, pois eu perdôo gente que se engana mas mentiroso não! O vc devia ter dito é que gosta de AAE simplesmente porque foi só o 1º livro nacional fanfic de HP, nada mais e nada menos, e isso é pq vc sente muita saudade de HP e não vê mais opções ao seu redor, e se tem são todos péssimos livros. Eu queria ver se caso aparecesse outro livro fanfic de HP nacional que fizesse uma fama capaz de aparecer em jornais e reportagens se vc não iria mudar de idéia ou caísse na real sobre o que tu disse anteriormente e quem sabe reescrevesse sua resenha e colocasse menos uma ou duas estrelas.
ResponderExcluirJá ouvi falar muito bem deste livro, e inclusive estou muito curioso para poder lê-lo.
ResponderExcluirE que dedicatória é aquela? kkkkK Já me conquistou logo na dedicatória.
Abraços
www.booksever.blogspot.com